dança >> Pessoas com deficiência participam de espetáculo em inauguração de coordenadoria da Seduc na Zona Norte.

 
No palco, não existem limites – pelo menos para a Cia. de Dança Ruy Alencar, que desenvolve trabalhos com estudantes e comunitários da Zona Norte de Manaus. Isso porque o grupo vai encenar uma performance reunindo bailarinos e pessoas com deficiência, dia 10 de maio, às 8h, na Escola Estadual Prof. Sebastião Norões (rua Q, bairro Ribeiro Jr). A apresentação faz parte da inauguração da Coordenadoria 7 da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
A encenação no evento na Seduc terá ares de abertura de jogos esportivos, com direito a figurinos e adereços cênicos. A concepção artística e a direção coreográfica são de Wilson Junior, diretor da Ruy Alencar. “Será uma coreografia unindo jazz e dança moderna, além de modern jazz, que une os dois”, explica ele, que iniciou os preparativos para a apresentação há duas semanas. Ao todo, deverão participar da apresentação 24 bailarinos da companhia e três pessoas com deficiência ciência, sendo um deficiente mental, um cadeirante e outro com dificuldades de locomoção.

 
INCLUSÃO SOCIAL
 
A proposta de levar a inclusão de pessoas com deficiência à dança veio de Julio Meireles, da Seduc, e coincidiu com ações que a companhia de dança da Zona Norte já tinha em mente realizar. “No projeto da companhia, já tínhamos a ideia de desenvolver um trabalho, com maior estrutura, com pessoas com deficiência e da Terceira Idade. Surgiu essa proposta, e ela foi abraçada por nós da melhor forma possível”, destaca o bailarino.
O trabalho da Cia. de Dança Ruy Alencar com as pessoas com deficiência não ficará só nisso. A companhia já planeja ter os três bailarinos com limitações no espetáculo “Caramuru”, que fará parte do Festival de Talentos, promovido pela Escola Estadual Ruy Alencar. “As companhias de dança não têm um trabalho de inclusão como o que estamos fazendo. Está sendo super importante para eles, que estão participando, e para a gente que está aprendendo com eles”, destaca Wilson. “Tem que ter um estudo maior, pensar mais nas possibilidades de cada um, e fazer com se integre o trabalho de cada bailarino. Foi muito produtivo”.
 
Fonte: A Crítica
Manaus, Quinta-feira,
26 de Abril de 2012